Dia dos namorados, pois então…

 Cheguei à duas belas conclusões neste dia dos namorados. Aliás, mais do que duas, mas as primeiras foram ótimas.

Aproveito pra já sair em minha defesa dizendo que não é despeito, nem desdém e que realmente eu não lamento em nada a minha situação neste dia 12/06/2018. Aliás, como não lamentei também nesta mesma data em 2017, quando passei a tal data no Samba do Trabalhador e foi tão maravilhoso que eu escrevi sobre ele e você pode conferir aqui.

Pois bem, minhas conclusões foram as seguintes – inclusive as validei com meu ex marido e ele me deu total apoio, só exigindo que um dos regalos fosse de minha loja favorrita, a Farm.

Então, sem mais enrolações, segue a primeira resolução para este Dia dos Namorados:

1 – Se eu não vou gastar dinheiro comprando presente para bofe nenhum, nada mais justo do que eu investir esse valor em mim, logo, comprarei um presente e mandarei embrulhar para mim mesma. Óbvia demais esta conclusão, não é mesmo? E feliz!

Sigamos: Dia dos Namorados número 2.

2 – Já que eu não tenho namorado e ninguém vai me dar presente, nem a mamãe que antes se encarregava de me fazer não sentir encalhada nesta data de pombinhos, decidi que eu mesma deva me dar algo de presente, já que me aturo há 36 anos sem nunca desistir de mim. às vezes até me amo.

Resultado, ganharei dois presentes em vez de um, e ainda não terei de enfrentar caras feias, briguinhas, gente querendo me controlar e ditar meu comportamento e todas essas coisas ruins de uma relação, neste Dia dos Namorados.

Calma, longe de mim a amargura, mas atualmente, pensar em compromisso só me vêm essas coisas na cabeça e eu tô meio que fugindo.

Ah! E já agendei um chopp com as amigas depois da aula, na tal terça-feira 12, o que vai me render bons papos, risadas e até paqueras, pois imagino que existam homens solteiros neste dia também. Será?

Toda essa brincadeira, que eu ando levando bem a sério é pra falar que mexeram com a nossa cabeça (peguei essa frase da @joutjout, de quem sou fã) desde que éramos pequenas e nos incutiram, a partir das bonecas e das princesas de que só seríamos felizes ao lado de um homem, que seria alçado a príncipe a partir do dia em que a gente se apaixonasse por ele.

Pior, ainda disseram que só teríamos sucesso na vida e não seríamos mal vistas pela sociedade, caso nós nos casássemos com esta criatura, coitada, que levava uma vida normal até ter de virar nosso príncipe e corresponder a todas as nossas expectativas de princesas que nem somos. Por vezes somos até a bruxas más e isso é ótimo, isso é liberdade.

Daí que, com essa ideia errada na mente, a garota cresce em busca de alguém só pra si e se esquece de que, cara!, a vida tem muita coisa boa pra viver além de estar presa a alguém. Aliás, compartilhar é uma delícia.

Jogar conversa fora até três da manhã com amigos, falar sem parar, tomar uma cerveja trocando mil ideias e rindo das lembranças é das coisas mais prazerosas dessa existência.

Tomar um vinho regado à pizza com pai e mãe e descobrir de onde vem aquela sua mania é das melhores terapias e ainda é de graça. E mais, tenha certeza de que amor não vai faltar nesse triângulo, muito mais do que a maioria dos maridos pode dar.

Outra coisa que a gente descobre quando se destitui de conceitos atávicos é que estar só lhe sobra um tempo enorme: pra estudar, pra ler o que gosta, pra ver tv, pra ir à praia, ir ao cinema, teatro, viajar, comer no restaurante que mais gosta… Nossa, é tanta coisa que nem cabe nesta crônica.

Então, concluí que prefiro não estar namorando neste dia 12/06 de 2018. O que não significa que um cobertor de orelha, um afago e otras cositas más não sejam maravilhosas e que não devam rolar. Qual o que? Claro que sim, mas ninguém precisa estar namorando pra isso, não é mesmo?

Pois bem, se você tiver namorando um carinha massa, de quem você goste muito, desconsidere o que leu nesta crônica e guarde-a para caso um dia precise, mas vou torcer pra que não, ok?

Se você está num relacionamento mambembe e com medo de terminar por achar que “antes mal acompanhada do que só” te soa como verdade, não caia nas palavras de Ney, apesar de àquela voz ser muito sedutora. Releia a crônica. Vale também para a célebre frase de Tom Jobim “Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinha (o)”. Tudo balela. É super possível, desculpe-me mestre dos mestres, mas num tô de acordo, não. É impossível pra quem é insegura demais a ponto de não se sustentar em pé, coisa que não acontece com as minhas leitoras.

Por fim, se você está na mesma situação que eu, espero que já esteja de posse de seus dois presentes novos e que talvez esteja até de ressaquinha pela cervejada de ontem. Se não corre que dá tempo, afinal, dia 12 é só um dia e você tem todos os demais pra se jogar em si mesma.

Beijão, amadas,

Até sempre!

Se você curtiu, deixa um oi aqui pra mim nos comentários. E se você supercurtiu, compartilha com as amigas :). Obrigada!

E vou colocar aqui a canção que critiquei do Tom, porque eu tenho tanto amor por ele e ela é a coisa mais linda do mundo.

Ps1 – Minha mãe disse que vai me dar um presente de Dia dos Namorados. Num é linda???

Ps2 – Eu estou meio de ressaquinha pelas cervejinhas cazamigas de ontem :). Foi ótimo!

Ps3 – Sim, tinha dois gatos solteiros na mesa à frente que serviram pra limpar a vista.

4 respostas

  1. Lu, uma vez conversamos sobre isso na orsua, acredito que sempre devemos estar felizes com nós mesmas, felicidade com o outro vem depois, erra quem responsabiliza o outro pela sua felicidade. Cultive a sua própria rosa, as borboletas virão por consequência. 😘

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