Eu e Bia - minha maior parceria de samba 🙂

Eu e uma prima, minha maior parceria de farras e de vida, temos uma máxima: não há dor que um samba não cure.

A gente vem usando desta homeopatia sem efeitos colaterais e sem restrição de uso há anos. Só mudamos o endereço do bar à medida que eles vão se acabando, fechando, enfim, seguimos o girar da roda (DE SAMBA). Atualmente, moramos em cidades distintas e, às vezes, acontece de ela me mandar um vídeo da onde ela tá e eu mandar da roda que estou, ao mesmo tempo, enfim, o samba conecta pessoas.

Mas não precisa esperar pelo próximo final de semana para se lambuzar desse elixir da alegria, pode ligar o som de casa mesmo, celular ou afins e deixar correr solto as vozes de Maria Rita, Clara Nunes, Noel, Chico, Zeca, Cartola, Demônios e tantos, e tantos outros encontrados gratuitamente nas prateleiras, nem precisa pesquisar por genéricos, vá nos originais.

Escrevo esta crônica em seguida da que postei na semana passada (ficou confusa essa passagem de tempo, é porque escrevi uma em seguida da outra, mas você só está lendo uma semana depois. Mas não se preocupe, o samba nunca prescreve).

Pois bem, eu escrevi uma crônica meio tristinha, melancólica, meio bad vibe porque… eu sei lá porque eu tava assim. Se você quiser ler, ou reler, clica aqui.

Acontece que eu tinha ouvido uma canção interpretada por Maria Rita que me caiu como um mantra, como uma benção, como um hino, daí me lembrei de botar a música pra tocar, mesmo não estando no clima de sambar, pois eu queria aprender a letra.

Meu povo, em menos de trinta segundos eu já havia largado o teclado e estava com uma caneta em punho – servindo de microfone, claro – e sambando feliz no meu quarto, de frente pro espelho, me imaginando num palco.

Pirei? Só posso.

A verdade é que eu sou vendida pro samba.

Mesmo com preguiça, amuada, chateada, quando escuto um, parece que varre é tudo pra bem longe. Meu astral fica a mil, minha energia recupera, meu sorriso se abre e eu me reconecto com meu bem estar.

 

É uma coisa de louco, mas samba devia entrar nos tratamentos de doenças. Samba revigora.

Arrisco dizer que música boa faz bem, mas no caso de você estar precisando melhorar o ânimo, aposte num sambão. Pode ser um samba-enredo, tipo “Explode coração na maior felicidade. É lindo o meu Salgueiro contagiando e sacudindo essa cidade. Tacaticata tum tum“. D U V I Deodó que você não vá abrir imediatamente um sorrisão e se levantar, mesmo que esteja com virose.

Tem gente que melhora orando, eu melhoro cantando e dançando. Explico, lá em casa somos ateus, mas a arte é sagrada. Música, pintura, literatura sempre me doutrinaram. Beethoven, Mozart reinam. Clara Nunes é a Diva, depois de mamãe, claro, e Zélia Gattai a nossa querida amiga que não conhecemos pessoalmente, mas que diferença faz? Martha Medeiros já é mais próxima e vezenquando* eu mando um e-mail pra ela porque eu sou metida. E ela responde. Linda!

Papai, então, é íntimo dos reis Luis todos, do primeiro ao décimo oitavo. Conhece as mulheres, as amantes e quem matou ou morreu por amor. Na Catedral Saint Denni, em Paris, mausoléu dos reis da França, é como se estivesse em sua sala de estar, com os “coleguinhas tudo”, como ele mesmo diz.

Chico Buarque é o genro queridinho deles – haha. Ele não sabe, mas ainda vai se casar comigo.

E assim a gente segue, se inebriando, cantando, dançando, se transportando para outras eras, palcos, vidas e fazendo desta a melhor e mais feliz que podemos ter.

Viva o samba.

Ah! Se você quiser conhecer a minha música hino, é só clicar aqui

Ah!2 – Deixa nos comentários qual o suingue que te sacode toda :).

*Gente, essa escrita “vezenquando” eu peguei do Caio Fernando Abreu porque eu achei tão prática e tão coloquial e tão mais a gente do que “de vez em quando”. Esta última demora tanto que parece “nunca”. Só vou escrever assim aqui pra frente, ok?

Euzinha na Sapucaí pra Ver Bethânia e Mangueira campeãs

4 respostas

    1. E temos dois parceiros que sempre que podem estão conosco, né? :). Daqui a pouco a gente começa a levar as princesas.

  1. Como diz Maria Rita, eu não nasci no samba, mas o samba nasceu em mim. Que tenhamos muitas rodas de samba juntas ou até separadas, que a alegria dessa roda nunca pare de girar!

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