Dia 22 de Agosto de 2016 eu desembarquei no Rio de Janeiro para ficar de vez. Rio só de ida, vim pra morar, fincar raízes e ser feliz.
De lá pra cá, muitas coisas aconteceram e outras não aconteceram, mas o mais importante é que é aqui mesmo que eu quero ficar. “Daqui não saio, daqui ninguém me tira…” e olhe que o carnaval ainda nem começou.
Para celebrar essa data tão linda, esse “mesversário” de mudança e para atestar o quão linda é essa cidade, minha homenagem hoje vai “Do jeito que eu gosto” falar do bairro mais famoso do Brasil, quiçá um dos mais do mundo. Um bairro que poderia descrever a cidade em si próprio, que agrega do luxo ao lixo e traz o que o Rio tem de melhor, que é a sua pulsação, vibração de gente, sensações, amores e nostalgia.
Vamos falar de C O P A C A B A N A. Para os íntimos, Copa.
Copacabana é um bairro com infinitas possibilidades. Só de pronunciar seu nome os turistas, gringos ou nativos, já abrem um sorriso e enchem os olhos de brilhos, pensando em tudo o que esse nome tão sonoro evoca em nossas mentes.
Desde a finíssima boemia dos idos anos 30, 40, 50 e sempre até aos lugares mais inferninhos e transgressores como o a boate gay Le Boy e a sua “esposa” a La Girl.
Um dos hoteis mais famosos do mundo está aqui, o Copacabana Palace e, junto com ele, o bar e a piscina mais badalados e disputados por quem tem muita grana, o bar e a piscina do Copa (diminutivo de Copacabana Palace, para quem é habitué). O carnaval do Copa, Jesus, é só o pib do pib do Brasil e alguns do mundo é que vão pra lá.
Mas, saindo um pouco do mundo da imaginação, vamos pro que é verdade para todo mundo, que são os cantinhos, os barzinhos, a arquitetura, as pessoas nas ruas, os velhos de shortinhos curtos, os doidos soltos no meio do mundo, os camelôs sem fim e as lojinhas cariocas e muito mais.
Vamos começar pelo Teatro. Copacabana tem alguns, desde os menores, com peças “off broadway” à grandes salas, como a Baden Pawel. Para mim, o que mais gosto de ir pela facilidade de chegar, pois fica pertinho da estação de metrô Siqueira Campos, é o Net Rio, antigo Teresão. É um espaço supercharmoso e aconchegante – todo de tijolinhos, AMO. Lá já vi a Bibi Ferreira cantar Piaf e outras canções divinas em dois shows. Confira a programação aqui.
Aliás, se tem uma coisa que é fácil é se deslocar em Copa. São três estações de metrô (Cardeal Arcoverde, Siqueira Campos e Cantagalo) que ligam o bairro do início ao fim. Mas o que eu aconselho mesmo é ir andando ou pedalando. Alugue uma bike pelo o aplicativo do Itaú e pedale. Aproveite e rompa fronteiras, siga pela ciclo-faixa por Ipanema e vá até o final do Leblon. Se tiver fôlego, circule a lagoa Rodrigo de Freitas e convença-se de que Deus não só é brasileiros, mas é carioca da Zona Sul. Oxalá você encontre com ele dando uma volta e umas bençãos por aí.
Se o que você curte, assim como eu, é sentar num barzinho depois da praia, em Copacabana você será feliz, pois lugar pra petiscar e beber é o que não falta em Copa.
Eu indico o Boteco Belmonte – chopp gelado, petiscos gostosos – pede a empada abera de carne de sol ou frando, uma delícia -, mas fique à vontade pra sentar praça aonde quer que você julgar aprazível. A fotinha tá até com endereço já, pra você nem perder tempo
Seguindo com as dicas, quando você estiver andando por Copacabana olhe para cima. Você vai se deparar com uma arquitetura belíssima, aristocrática e imponente, como se Copa tivesse parado no tempo desde o tempo do império e, claro, como se a capital do país ainda fosse o Rio de Janeiro. Ainda bem que não é, para não sujar a imagem dessa linda cidade, que já tem problema demais que vira notícia.
Olhe com calma, delicie-se, você vai se deparar com construções assim:
Calma! Você não vai encontrar prédios deitados. O problema aqui sou eu mesma com as facetas do computador, não consegui girar a foto #souumaanta. Mas imagine aí essa imagem na vertical, não é linda???
Se você está a fim de fazer umas comprinhas, deleite-se pela rua Nossa Senhora de Copacabana do início ao fim, concentrando-se na rua Santa Clara e arredores. Lá tem todas as lojas descoladinhas do Rio e, muitas delas, com seu preço Off. Não é tudo?
E, para finalizar, você achou que eu fosse me esquecer, né? Não, nunca, porque eu sou “praieira”, rata de praia e, COPACABANA TEM PRAIA. Uma das mais badaladas, gringadas (cheias de gringos), movimentadas, sonhadas e admiradas do mundo. Não pela limpeza de suas águas, que não deve ser a das mais cristalinas, mas é linda, é costuma estar própria pra banho e é isso que vale, né?
Vou ficando por aqui, mas tenha certeza de que Copacabana é muito mais.
Obrigada, Rio, parabéns pra nós dois, pois eu posso não fazer muita diferença na sua vida, mas você faz toda na minha.
Te amo!
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