No começo, se falavam 7 vezes ao dia e mais tantas à noite.
No começo, trabalho, pessoas, estudos eram bem menos importantes.
No começo não tinha cansaço.
No começo não se media esforços.
No começo tinham flores, mês a mês, e com cartão.
No começo tinham sorrisos, encantos, paixão.
No meio tudo é embaralho.
É rotina ganhando forma e se consolidando.
É jeito, é respeito, é conhecimento, é adaptação.
É sentir-se em casa, é pisar em chão firme.
É poder ser quem se é, é acordar feia.
É não ter vergonha de ficar doente, é mostrar fraqueza, é doar-se.
No fim, não é mais quase nada.
No fim não tem paciência, não tem tempo, muito menos rotina.
Não tem dois, não tem antes, durante, depois.
No fim não tem paixão, nem tesão, nem compaixão.
Não tem carinho, flores, carícias, dedicação
No fim tem estranheza, tem mágoa, tem solidão .
No fim, tem dois corações machucados clamando, sim, por um novo começo.
ainda estou aqui
Ainda estamos aqui
… Lembro-me de que quando li o livro, tive a sensação de estar lendo algo sobre meu passado, sobre uma história muito difícil, sofrida, mas passada…
Uma resposta
Gosto de rotina, me ajuda a tocar a vida bem.
Mas ela pode ser massacrante para uma relação, tento sempre buscar não deixar ela tomar conta de tudo – ainda estou aprendendo a estar numa relação longa e duradoura.