Cansaço interior

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A gente acorda cedo, malha, se arruma, vai pro trabalho, resolve, decide, chama a atenção de funcionário, toma decisão de alto valor financeiro, almoça em reunião, anota, analisa planilhas, faz relatórios, envia um bocado de e-mails perguntando e respondendo coisas…
Ufa!
Chega em casa exausta, completamente sem energia. A gente, então, para pra analisar o que foi tão cansativo no dia e descobre que, muito mais do que o cansaço do corpo, o que está pesando mesmo é o cansaço interior.
É o olhar atravessado de um colega, é a fofoquinha, é a falta de compreensão do outro sobre o que você quis dizer, é o julgamento injusto de alguém, é a falta de amor nas relações, é a falta de ética do fornecedor, é a preocupação com o que ainda não aconteceu, é a desconfiança na humanidade que o capitalismo exige (isto é tema pra outro post), é a saudade de alguém, são os desejos mais um dia adiados, a decisão que deveria ter sido tomada ano passado e não foi tomada também hoje…
Ufa!
Chega em casa exausta de fato. A energia completamente a zero e uma sensação de ter sido sugada, mas não de força e, sim, de sentimentos, como se alguém fosse capaz de levar embora o seu bom humor, a sua fé e suas esperanças.
Aí você entra em casa no final de mais um dia desses: come alguma coisa, vê um pouco de tevê, lê, conversa com quem estiver em casa (só um pouquinho, pois não tem mais energia nem pra falar) e vai dormir, pois, no sono deve ter algum anjo da guarda que nos recicla e bota no corpo todo o sentimento perdido durante o dia.
Acordamos novinhas em folha, pele boa, rosto sereno e  pensando que foi o corpo quem descansou, mas na verdade foram as emoções que se refizeram das pancadas e, como se nem tivessem memória, despertam cheias de vida, esperança e fé no novo dia que começa.
Boa noite! Bom dia!

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