O primeiro “Do jeito que eu gosto” do novo blog vem super, hiper, mega especial e delicioso.
Foi no sábado, dia 22. Recebi o convite de uma amiga de ir com ela e mais uma turma de amigos – os quais ainda não conhecia – fazer um tour carioca pelo subúrbio em busca dos bates participantes do “Comidas di Buteco” 2017.
Achei que nem fosse. Chovia e eu sou meio tímida (apesar de ninguém acreditar em mim), mas, ao mesmo tempo, achei que seria uma ótima oportunidade de conhecer gente nova na minha nova cidade. E foi!
Quando eu dei fé (SAP: quando eu dei por mim) já estava rumo à Vila da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. De lá fomos para Olaria, Ramos, Cachambi e eu desertei junto com um casal, a partir desse ponto, porque a galera foi para mais uns quatro bares :). Galera é guerreira!!!
Vim compartilhar com vocês essa dica de programação deliciosa que disponível aqui no Rio, mas que acontece em muitas cidades do Brasil. Pesquise aí na sua e vá à luta.
O Evento
Comida di Boteco é um concurso gastronômico (e etílico :)) realizado em várias cidades do Brasil.
Funciona assim: a equipe organizadora elege um ingrediente – o desse ano foi cereal – e vários bares se inscrevem com um petisco/prato específico.
Aí, nós, meros comedores e bebedores ambulantes, vamos de bar em bar para provar tais iguarias. Daí, a gente recebe uma cédula, dá a nota da comida, do lugar e da temperatura da cerveja e deposita na urna. Vota mesmo, na esperança de um Brasil melhor. Brincadeirinha!!!
Não sei o que ganha quem ganhar, mas nem interessa pra gente, o que vale é comer, beber e se divertir.
Organização.
Primeiro de tudo, organize-se. Isso é fundamental.
A equipe com a qual fui contratou uma van com um motorista só pra ninguém ter de se preocupar com a Lei Seca e em causar uns acidentezinhos por aí.
Traçou-se uma rota e partimos do ponto mais distante para o mais próximo. É claro que não dá pra ver tudo são mais de cinquenta bares. A turma optou pelos bairros do subúrbio, pois quase ninguém manda por lá, era uma chance de conhecer esse outro way of life superdivertido e irreverente do carioca.
Não vou, porém, romantizar a miséria tem muita pobreza lá, tem muita sujeira também, mas tem muita alegria, união, gente amiga e simpática. Vale a visita.
Os bairro e os bares
Começamos pela Vila da Penha e fomos direto no Bar: O Original do Brás. Chegamos duas horas antes do recinto abrir, mas o Dono, seu Leôncio, foi tão gentil que abriu o bar pra gente. Valeu, seu Leôncio!
Lá comemos o “Me lambuzando no cereal”, um espetinho misto de frango, filé linguiça e queijo coalho, tudo empanado e frito na aveia. Gostei! Porque coisa frita é geralmente boa, mas não foi um sabor que me surpreendeu. Dei nota 7.
De lá, seguimos Olaria para no botequim Rio Antigo e a pedida foi: A enrolada e o derretido. O nome é bem rocambolesco e a comida também era, um rocambole de pão recheado com calabresa acebolada, sobre uma suculenta provoleta (SIC).
Dessa vez eu passei, não comi, mas bebi uma Teresópolis gelada que tava de beber gemendo.
Não posso dar nota :).
O próximo foi em Ramos, fomos no Bar da Portuguesa e demos de cara com o Pixinguinha na véspera do seu centenário. Comoção geral, tietamos até. Esse bar era muito frequentado por esse ícone e ganhou essa estátua em homenagem.
Comi uns pastéis deliciosos de bacalhau e romeu e julieta. Quem comeu o de jiló com camarão também adorou. Dei nota 9.
Ainda em Ramos, fomos ao “Estrela de Ramos” e minha equipe forte degustou uma berinjela recheada com carne moída, milho e azeitona com geleia de pimenta – “Só no copinho”, é o nome da iguaria. Adoraram! Eu passei, porque eu como pouco e queria me guardar para os que vinham em seguida :).
De Ramos pegamos o rumo de Cachambi e desembarcamos no Folia de Boi. Bem gostoso, viu?! Era uma paleta bovina- seja lá o que isso for – marinada na cerveja, no vinho com ervas durante 24 horas, com bacon, champignon e cenoura. Acompanha uma farofinha de ovos – pense numa comida pra eu gostar – e cebola palha frita. Sabor inevitável, seu nome. E claro, acompanhado por uma cervejinha Original.
Apesar do prato ter esse nome que é bendizer uma ata, ele é bem sofisticadinho e uma delícia! Parece comidinha caseira, por causa da farofa, mas com um temperinho que você não encontra em casa :). Nota 9 também, porque 10, 10 mesmo ninguém levou de minha parte.
De lá ainda em Cachambi, fomos pro bar mais lotado de todos, o Cachambeer. Deu pra entender aí o trocadilho? Cachambeer, Cachambi (visualizem aquele gesto como a mão que a gente faz quando quer dar uma de espeto, que percebeu o trocadilho :)). Coisa de marqueteiro arretado!
Lá, meu guerreiros se deliciaram com o seguinte prato: Porquinho disfarçado de penosa ciscando na canjiquinha. Aguou? Pois a minha equipe adorou.
Aqui não teve foto, a galera caiu de boca e nem deu tempo do click fica, então, a selfie no bar com um convidado bem polêmico que não estava em Atibaia, nem no Guarujá, mas em Cachambi. rsrsrs
Aí eu entreguei os ponto, ou quase, pois, na volta, parei na praça São Salvador e descobri que todo sábado tem um samba incrível tocado pela velha guarda do bairro e afins e eu ainda tomei uma saideira e sambei. Sou guerreira também.
Pois bem, se eu fosse você, ia lá conferir esse ritual das Comidas di Boteco e me jogava, pois ainda vu me jogar no tour gastronômico etílico pela ilha da Gigóia, Paquetá e na Feijoada da Portela, mas não sem antes ir na roda do Rebarbas no Cardosão.
Esse é o meu Rio, ou uma parte dele.
E você, o que te move?
