Domingo é aquele dia, coitado!, injustiçado.
Por antever a segunda-feira – essa sim, pesada – o infeliz do Domingo sofre.
Você vai dormir superfeliz no sábado, após esbaldar-se à noite em baladas, aniversários, vinhos, champagnes , em encontros que duram uma noite inteira… Tudo isso, confiando-se no colchão de plumas, macio, que parece ser o tal Domingo.
Então você amanhece! Tanto faz se é cedinho, meio dia ou às 4h da tarde, ao acordar-se você dá aquele leve sorriso ao lembrar-se de que não precisa ir trabalhar, dá aquela espreguiçada e, cataplum!!!, como num feitiço de bruxaria, se toca de que já é domingo.
É engraçada esta relação, pois, mesmo sabendo que é um dia de folga, mesmo cientes de que podemos ir à praia, tomar um farto e demorado café da manhã, mesmo tendo um churrasco superlegal para ir logo mais, ainda assim, parece que paira uma nuvem preta no pobre do Domingo.
Já começamos a nos controlar: não exageramos na cerveja do almoço para não comprometer a segunda-feira, nos lembramos da dieta esquecida desde sexta-feira e, à noite, comemos no máximo uma pizza em família e vamos pra casa cedo, pois é Domingo e amanhã temos de acordar muy temprano.
Acredito que o problema seja a nossa ansiedade. Estamos sempre um dia ou mais à frente, pois veja a contradição: gostamos muito mais das sextas-feira, dias de trabalho, do que de Domingos, dia em que até Jesus – para os que creem – descansou. Tratado como Judas, o traidor, Domingo é tido como aquele que vem nos lembrar de que o sonho acabou e a realidade está ali, bem na nossa porta.
Pois é, injustiçado ou não, a verdade é que o Domingo é assim, um dia meio cinza, meio ranzinza, uma forçação de barra para sermos felizes, mas não dá pra chegar na alegria plena. A única alternativa seria aprendermos de vez a fazer o que nos prega todos os sábios da longevidade: viver o presente! E, por fim, curtir este dia delicioso para não fazer nada que é o Domingo.
Bom domingo pra vocês!
ainda estou aqui
Ainda estamos aqui
… Lembro-me de que quando li o livro, tive a sensação de estar lendo algo sobre meu passado, sobre uma história muito difícil, sofrida, mas passada…
Respostas de 2
Viver o presente! Isso aí! Em relação ao domingo, acho que consigo fazer isso. Só costumo pensar na segunda quando é domingo à noite porque aí tem a hora de dormir.
Alguns anos atrás, nem na hora de dormir eu prestava atenção. Dormia a hora que fosse e encarava a segunda na marra. Hoje, mais velho, não tenho tanta energia e uma noite mal dormida demora para ser compensada.
Mesmo assim, tendo a não me preocupar com o futuro. Se não aconteceu, não tem porque ficar zanzando pela minha cabeça sem ser convidado.
Isso pode me fazer uma pessoa pouco ambiciosa? Sim. Isso é ruim? Não sei, nem até que ponto, mas costumo estar sempre de bom humor e feliz. Onde é a linha boa entre pensar no futuro e viver no presente? Não sei se a achei.
Certamente estar no presente é o melhor dos lugares, eu acho!