Empresa júnior


Ontem fui a um festival de dança infantil dessas academias que no final de ano mostram para mães, tias, madrinhas e avós o que as crianças fizeram o ano inteiro. 
Já tinha ouvido falar que era um espetáculo e que a atuação da pessoinha principal (a da foto acima) era algo encantador. Mas achei que seria mais um teatrinho entre plié, demi-plié e arabesques,  daqueles que só quem gosta é a família mesmo, mas o que eu vi foi diferente.
Vi que aquelas crianças não só dançaram como interpretaram, atuaram, dialogaram com gente mais velha e mais experiente do que elas. Sofreram, se desesperaram, gritaram, sorriram e brilharam de acordo com a história da personagem de cada um.

crianças, liberdade

Mais do que isso, arrumavam o cenário na hora da dança, subiam e desciam de bancos em passos super complicados de dar medo no espectador (ai meu Deus! Ela vai cair daí.) e improvisavam quando a fantasia desarrumava, quando erravam um passo ou quando a colega da frente errava de modo que a falha tornava-se quase imperceptível.
Comecei a fazer uma analogia com o mundo dos adultos e como gerenciamos os negócios. Ao longo da vida nós vamos recebendo “nãos”, sofrendo decepções, quebrando a cara e outras coisas que vão nos acovardando, nos deixando medrosos e com um medo danado de ousar e errar.
Com isso, ficamos presos em conflitos como: abro ou não um negócio? Invisto ou não nessa ideia? Tenho um filho ou cresço profissionalmente? Liberdade ou montar família? E assim a gente vai se enchendo de perguntas sem respostas e permanecemos no mesmo lugar, com medo de avançar num passo em falso.
Muito bom seria se pudéssemos levar pra vida a simplicidade de uma gestão de criança. Aquela que não teme o futuro, que o importante é o tal presente do qual tanto falamos de sua importância, mas só conseguimos ficar afundados no passado ou ansiosamente pensando no futuro.
Quisera eu poder levar o otimismo infantil pra vida inteira, aquele que faz nada parecer impossível, pois tudo é do tamanho do sonho e a capacidade de sonhar é enoooorme.
Que o profissionalismo infantil das crianças de ontem sirvam de exemplo para os adultos de hoje. Dedicação, paixão, comprometimento, persistência, brilho, leveza, diversão e prazer no que se faz para que tudo, apenas por uma consequência, saia perfeito.
 Escrito em 7/12/2013

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2 respostas

  1. Acho que vc já tem a coragem,o otimismo e a determinação de uma criança pq para vc nunca existiu nada impossível.

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