Peguei essa frase, título, do livro “Put some farofa” (Gregório Duvivier). Muito bom, por sinal, recomendo.
O que me chamou a atenção nela, além de me serviu a carapuça, é que nos dias atuais vivemos numa competição globalizada com nossas “amigas” do instagram, facebook, etc.
Seja o corpo sarado de uma, as férias dos sonhos da outra, o casamento maravilhoso, as roupas incríveis, uma felicidade invejável e parece que toda àquela alegria acontece do lado de fora, menos com você.
Começamos a achar que o problema está conosco. Nós é que somos incapazes de ter aquele corpaço porque tomamos cerveja e comemos farofa. Jamais conseguiremos passar um final de semana em São Paulo, o outro em Noronha e o próximo em Maldivas, porque demos errado na vida e não conquistamos nem grana e nem fama. Aquele guarda-roupa bapho? De jeito nenhum, caríssimo e tem que ser mega magra, nada fora do lugar pra que tudo caia lindamente em nós, não nascemos pra isso, nascemos erradas.
Se formos pro campo emocional, a coisa só piora. Chamam-nos de mimada, chata, impulsiva, ansiosa, egoísta, espaçosa, mal educada, incompetente, desleixada, irresponsável, etc, etc, etc. Uma série de “você devia ser mais assim é menos assada” que não passa de uma tentativa de nos adequar ao modo de pensar e viver do outro, e não do seu.
Realmente, tem muita coisa de errada com a gente, mas o problema está em achar que temos de consertar tudo. Qual o objetivo? Seres perfeitos? Impossível!
Nossa expectativa conosco está altíssima, queremos ser bons em tudo: no trabalho, na academia, com os filhos, com o marido, com as amigas e em todas as esferas que pudermos alcançar.
Lamento em lhes informar (e em me informar) que não vai rolar e se continuarmos a querer ser essa mecânica ambulante, que se conserta toda hora, lotaremos os consultórios de terapia e passaremos uma vida inteira querendo ser um alguém que simplesmente não nos cabe.
O que está de errado conosco, salvo isso fazer mal a outrem, é o que somos, é o nosso lado certo, é a nossa verdade, é o que é.
Muito mais fácil seria se pudéssemos aceitar os nossos “erros” e nos orgulharmos deles, pois os tais nos colocam na melhor condição de seres humanos, o da liberdade de poder optar em ser imperfeito .
Beleza! Agora que entendemos, vamos metabolizar e colocar em prática. Tenha paciência, é um longo caminho e você vai errar muito.
Boa sorte!
ainda estou aqui
Ainda estamos aqui
… Lembro-me de que quando li o livro, tive a sensação de estar lendo algo sobre meu passado, sobre uma história muito difícil, sofrida, mas passada…
Respostas de 2
Adorei, Lú..!!! É incrível como estamos cada vez mais condicionados a acreditar que a “a grama do vizinho é mais verde”..!! Já estou colocando em prática..que venham mais erros e muita farofa..kkkkkk
Beijao!!!
Pois é, beta! Vamos adubar a nossa grama que a gente ganha mais. Beijos.