Natal

Natal é a festa do ano que eu mais gosto, mas a que mais mexe comigo também.
Natal é uma data bem contraditória, emociona para a alegria e para a tristeza.
É um motivo de união: família, amigos, ou seja, muita gente que você quer bem.
Porém, justamente por incitar a união, é tempo de lembrar dos que não estão mais com a gente.
São os nossos entes que já morreram, que estão doentes, ou seja, não estão inteiros conosco e deixaram uma saudade imensa do que já fomos juntos.
São também os que amamos e que não podemos abraçar nesta data. São os amores escondidos, os afetos proibidos, os amigos de outras terras que não comparecem à nossa ceia, mas que por dentro de nós estão fazendo a festa.
Pudera eu poder abraçar cada uma dessas pessoas que hoje me faltam. Quisera eu que o Papai Noel mandasse todos eles pela minha chaminé e que chegassem a tempo de eu poder dizer o quanto os amo e o quanto me fazem falta.
Acho que essa sensação aparece com a idade, pois quando somos crianças, geralmente, ainda não vivenciados as grandes perdas e o nosso horizonte é bem menor, logo, as saudades também.
Neste natal, minha homenagem vai ser nostálgica, pois, como diz Manoel de Barros: “Tem mais presença em mim aquilo que me falta”.
Para todos os meus ausentes, um Natal de muita luz, que meu sentimento possa chegar até vocês como uma música boa que canta no ouvido e encanta a alma.
E para os meus que estarão presentes nesta noite, o meu meu MUITO OBRIGADA por me ajudarem a diminuir essa saudade grande que eu sinto.
FELIZ NATAL!