O que me interessam são as perguntas

Busca Google: Possibilidades
Busca Google: Possibilidades

É incrível como a gente vive esperando respostas!
Resposta da vida, de Deus, do chefe, do amigo, do amor, do amante, dos filhos, das nossas escolhas, dos nossos projetos, dos caminhos que traçamos, etc, etc, etc.
Ficamos remoendo horas e horas, dias e dias em nossa cabeça para encontrar soluções, explicações, resultados, objetividade e concretude para nossas mais diversas modalidades de perguntas. Titubeamos demais!
– No que será que vai dar se eu largar esse emprego e passar um ano sabático na Índia? Terei outra chance de me empregar bem na vida?
– E se eu tiver filho agora? Seria boa mãe? Terei condições emocionais de cuidar desta criança?
– E esse namoro? Já deu o que tinha que dar? Mas se eu não encontrar mais ninguém nessa vida? Ruim com ele, pior sem ele?
– E se eu largar esse emprego e investir no meu sonho? E se der errado? E se eu não gostar?
– E aquela viagem? Será que me mando sozinha pra lá? Mas, e se sentir solidão e gastar um dinheirão à toa?
Temos uma infinidade de perguntas para as quais buscamos a resposta imediata, ou pior, buscamos responder antes do conhecimento adquirido com a experiência em si, procurando antever frustrações, alegrias, angústia, medos, decepções, realizações, etc.
Porém, como podemos, com a mentalidade de quem não viveu, ter a real noção do que viveremos em determinado momento? Como imaginar a sensação de uma água salgada batendo no seu corpo, sem nunca ter entrado no mar?
Sinceramente, jogar um balde de soro caseiro na cabeça não vai te dar, nem de longe, a ideia do que é entrar num pedacinho de oceano. E, às vezes, é isso o que buscamos fazer.
A gente fica elucubrado as vivências internamente, sem nos permitirmos ir lá e ver como realmente vai ser. Sem deixar com que a própria vida nos direcione e, principalmente, sem possibilitar que o acaso nos surpreenda com o que nem previmos em nosso mapeamento mental de previsão futura.
É claro que não será como imaginamos! Óbvio! É claro que as nossas certezas são apenas nossas, com apenas uma parte desse quebra-cabeça, com apenas uma variável controlável, nós mesmos e, tenho certeza, de que esta variável, exposta ao ambiente, poderá sofrer mil e uma modificações.
Então, cheguei à conclusão de que o me interessam, agora, são as perguntas e é com elas que terei de me haver. Certamente elas gerarão muitas inquietações, dúvidas, receios, mas e daí? A vida é ou não é um jogo de apostas?
Que se lancem os dados, então!
Boa sorte!

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