A gente passa o dia inteiro como um “post it” ambulante tendo que lembrar de um monte de coisas que tem que ser feitas.
TEM QUE: Mandar e-mail, chegar no trabalho no horário, ir pro pilates, pagar o pilates, ligar pra fulana pelo aniversário dela, mandar mais e-mails, montar projetos, dar um feedback pro funcionário, marcar um jantar com as amigas, fazer as unhas (pé e mão), depilar, hidratar, malhar… Ufa! São tantos “tem que” que beira a exaustão. A gente nem consegue separar o que é lazer, o que dá prazer, do que é obrigação.
Eu, em uma hora, tinha que almoçar, montar um projeto para um possível patrocinador e fazer as unhas (pé e mão). Estava tão agoniada que resolvi parar e escrever, coisa que me faz um bem enorme e esvazia um pouco a tensão.
Escrevendo, percebi que esse monte de “tenho que” na realidade pode perfeitamente ficar para depois. Ok, minhas unhas estão horríveis e tenho uma reunião já , já, mas e daí? As unhas feitas me farão fechar um bom negócio?
Outro dia foi meu aniversário e “tive que” fazer uma escova no cabelo porque “tinha que” ficar linda no meu dia. Pois é, fiz, mas linda mesmo eu fiquei depois de um super banho de mar no final da tarde, chegando na minha festa de alma renovada e cabelo não escovado.
Outra vez fui visitar meus pais e ia sair rapidinho, porque “tinha que” fazer sei lá o que. Despedi-me três vezes e fiquei por mais de duas horas com eles numa conversa em cima da cama, falando besteira e simplesmente curtindo quem eu mais amo na vida.
Acho que vale o exercício de pensar o que exatamente a gente “tem que”, a fim de que nossa vida não seja um monte de check list e que percamos os momentos mais doces, singelos e melhores, como uma boa conversa no momento no qual você está absolutamente atrasada, mas a pessoa em questão é sua mãe, seu pai, seu avô de mais de 100 anos…
Pense nisso!
Escrito em 24/09/2013
Escrito em 24/09/2013
