Ode ao amor

Ode ao amor
Conversa de hoje bem cedinho da manhã era sobre o amor.
O amor que não tem preço por ter muito, mas muito valor.
O amor que não tem tamanho, por ser desmedido demais.
A falta de amor que a tantos casais desfaz.
Esse amor que dá um medo danado.
E que exige total entrega.
Porém, tem gente que morre de medo e foge
Tem gente que ao amor se nega.
É, caros leitores, o amor não é para amadores.
Em tempos de amores líquidos, torná-lo sólido, e seu, é tarefa difícil.
O amor anda desconfiado, ou andam desconfiando o amor.
Tem gente dando a prestação, o que deveria era dar, e fiado, ainda por cima (leia aqui o sábio Xico Sá).
Amar exige um pouco de cegueira, um pouco do não querer ver.
Não dá pra saber tudo antes, primeiro você ama, depois você crê.
Amar é curtir as besteiras.
É derreter-se com a voz doce do outro lado da linha, sem nem saber direito o que o outro diz.
Amar é ter sorriso no rosto e serenidade na alma.
O amor é como voltar pra casa, é paz de espírito, é cama quentinha.
No amor vale até um “ciuminho”, é sinal de cuidado.
Amor requer atenção, não dá pra descuidar, ele não aguenta desaforo, não.
É uma palavra errada ali, um gesto duvidoso aqui, um deixar a porta aberta e a janela da certeza, incerta…
O amor de verdade se ressente, se magoa, se deixa abater.
Quando é mais ou menos amor, o outro não quer nem saber.
Dos sentimento é o mais bonito.
E na vida, pode brotar mais de uma vez.
Já disse o poeta mil vezes: é “eterno enquanto dura”, seja um dia, seja um ano, uma vida, ou um mês.
Quando é amor, nem precisa ser conjugado, “amar é verbo intransitivo”. Salve, Mario de Andrade!
Tem amor que é amor só de um lado, mas esse é dos mais maltratados tipos amor.
Amor é desejo, amor é tesão, amor é paciência, amor é compaixão.
Amor é espera, é entrega sem condição.
Não dá pra pedir nada em troca, nem exigir amor de volta.
O melhor dos amores é o correspondido.
Aquele amor que te abraça de volta.
Aquele que te quer por perto.
Amor que nunca te solta.
Mas não se iluda não,
Até porque não tem muita regra.
Uma hora entorna o caldo,
E o amor desarreda.
É pedaço de amor pra todo lado.
Ficam resquícios nossos por aí.
Esperando que algum dia sejam encontrados,
E, novamente postos lado a lado, quem sabe?, vire amor de novo.
Como aquele,
Que sinto por ti.
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