Olimpíadas da nossa vida

As olimpíadas estão aí, dentro da casa do Rio de janeiro, dentro do Brasil, sil, sil!
A cidade correu durante anos para se enfeitar e funcionar ao mesmo tempo: metrô, hotéis, zona portuária e muito mais. Algumas deram certo, outras, não, mas os jogos estão com tudo.
Corpos atléticos se preparam e se desafiam nas mais duras provas, todos eles em seu melhor estado por fora, saúde em dia, mas… E por dentro? E você?
Nossa vida é uma verdadeira olimpíada e é preciso trabalhar muito pra não deixar a peteca cair. É dada a largada no início e depois, babe, é a gente quem leva a tocha e mantém a chama acesa.
 
Como vai o seu espírito atlético? Peso pesado, ou você andou arremessando uns discos de dez quilos por aí pra aliviar o tranco?
Nossa maratona diária, que não tem nada de meia, por vezes, nos nocauteia e nos faz querer desistir. Dá uma sensação de que estamos remando contra a maré e de que vamos nadar, nadar e morrer na praia.
Se bem que morrer na praia de Ipanema me parece tentador, mas permanecer alive é melhor.
É, amigos, há que se fazer muita ginástica para manter a bola quicando. Não amores, rancores, dissabores são como tiros na alma. Muito trabalho, sem horário e pouca grana, derrotam qualquer atleta.
Acontece que o momento é olímpico e o objetivo principal nessa vida é batalhar pra chegar em primeiro lugar na modalidade FELICIDADE, ou, pelo menos, subir no pódio com um bronze, que já está de bom tamanho.
O brasileiro é um povo muito criativo e sabe dar saltos ornamentais para contornar o que está ruim. É um sorriso largo, uma camaradagem, uma generosidade que faz a vida ficar mais leve, como uma ginástica artística.
É bem verdade que algumas falhas em nosso “jeitinho” atrapalham o fluir do nosso país e nossa pontuação vai lá pra baixo. Tem corrupção, tem muita violência, falta de educação tanto nas escolas como nas pessoas.
Há desrespeito ao próximo, um preconceito tolo e uma vontade, por vezes, de entregar os pontos. Mas, mesmo que alguns queiram nos dar rasteiras, o nosso desafio é manter o nado sincronizado na empresa, na família e, principalmente, na alma. No vai e vem da bola, é mantê-la sempre acima da rede.
E, mesmo perdendo de 7×1, tentar ver o lado bom da coisa – sei que nesse caso é bem difícil, é até forçar uma barra, mas tenta lá e me diz. Podia ter sido pior, já pensou um 7×1 da Argentina? Cruzes!
As olimpíadas estão rolando no Rio de janeiro e a minha torcida é para que ela aconteça em cada um de nós, transformando-nos em vencedores de nós mesmos.
Vamos começar esse jogo?
As opções são jogar no seu próprio time, ou contra si mesmo.
Você escolheu a primeira?
Parabéns!!!
1×0 pra você.