Pra tudo tem uma primeira vez…

primeira vez
Sempre ouço este chavão referindo-se a algo que nunca fizemos, nunca nos aconteceu, mas um dia, mais cedo ou mais tarde, pimba! Acontece!
Comigo aconteceu ontem. Eu sempre falava que eu havia sido uma criança bem quietinha, não dava trabalho, pois nunca tinha engessado nada: nem perna, nem braço, nem nariz, nunca cortei o queixo, nem tinha levado ponto, nunca nada do que as crianças travessas fazem.
Confesso que eu ficava até com uma invejunha de quem aparecia com o braço quebrado no colégio e ganhava a atenção de todo mundo que se amontoava em volta pra saber da travessura que gerou a tal fratura. Ainda tinha aquele negócio de os amigos deixarem uma mensagem no gesso… Eu achava o máximo!
Corta a cena, mais de 20 anos depois, eu vou lindamente à praia e, numa leve torção, pimba!, tive de engessar a peronca direita. Agora estou aqui em meio a repouso, mimos, um monte de coisas pra fazer, viagem marcada e muito mais, porém, como já falei em outros posts, a vida pediu calma. Tô parada!
Quando o médico falou: “Vai ter imobilizar por 15 dias”, na mesma hora me veio frase na cabeça: PRA TUDO TEM SEMPRE UMA PRIMEIRA VEZ!
Eu tinha certeza de que já havia passado dessa fase de quebrar coisas, como também achei que tivesse passado ilesa da fase das espinhas no rosto, mas estas danadas resolveram aparecer justamente quando eu fiz 30 aninhos. Já devia ser um sinal, minha infância voltaria pra libertar a criança traquina que não fui.
Porém, assim como a Pollyana, que embalou a infância de muitas crianças, podemos olhar o lado bom da tal sentença: PRA TUDO TEM UMA PRIMEIRA VEZ!
A primeira vez, já depois dos 30, que você resolveu fazer uma aula de pintura.
A primeira vez, lá pelos 50, que você voltou a estudar, agora filosofia, o que você sempre quis e não se permitia.
A primeira vez que você foi na Disney, sendo que todo mundo vai aos 7 e você foi com 31.
A primeira vez que você faz uma aula de surf, de judô, de jazz e sapateado.
Primeira vez que você namora alguém diferente do seu marido, que havia sido seu primeiro, único e grande amor, só que ele se foi e a vida continua a lhe sorrir.
A primeira vez que você se matriculou na aula de bateria, pois sua mãe jamais deixaria você fazer isso na infância.
A primeira vez que você teve coragem de se jogar em uma montanha-russa, só pra não deixar seu filho ir sozinho.
E por aí vão, um monte de “primeiras vezes” para coisas as quais basta você estar livre de alma e com disposição para deixar essa criança travessa sair de detro de você, só que, agora, com maturidade – ou não, e com um pouquinho mais de grana.
Da minha travessura, que nem foi nada demais, fica, então, a abertura dessa porta, que eu sempre deixei entreaberta, mas que agora eu escancaro para deixar sair todos os sonhos de criança, jovem e da adulta que está só começando essa jornada.
Que venham muitas outras primeiras vezes!

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Uma resposta

  1. Quero experimentar muitas coisas pela primeira vez ainda! Mas montanha russa não é uma delas não, hehehehe (Tenho PÂNICO de altura).

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