Prazer, eu mesma.

Coisa mais esquisita é deparar-se com nosso nome escrito em algo que não fomos nós mesmos que o fizemos ou ainda encontrar algum xará.
É como se de repente a gente se deparasse conosco. Parece estranho, já que convivemos com a gente mesma o tempo inteiro, mas a verdade é que não somos tão íntimos assim de nós e, por vezes, nos estranhamos. Ou então, pode ser que estejamos tão habituados a nós mesmos que nem paramos para nos olhar e quando nos vemos do lado de fora da gente ou em alguém, nos assustamos.
Hoje eu vi meu nome numa lata de coca-cola zero (que eu sou viciada). Para minha felicidade, já que eu sou tão rígida comigo, minha primeira reação foi de um doce sorriso, como se acabara de encontrar um alguém super querido, que não via há tempos.
Valha-me Deus! A blogueira pirou! É não, é que aceitar-se como se é e se amar não é tarefa das mais fáceis.
Sempre tem uma coisinha que achamos que poderia estar melhor, mais magra, mais leve, mais dedicada, mais profissional, mais e mais. Nunca nos bastamos, nunca nos amamos 100%.
Sem falar de nossos comportamentos do quais desconhecemos as causas. Aqueles que nos movem, fazem com que ajamos assim no trabalho, assado no casamentos, mas que não temos nem ideia de onde vêm e nem porque somos desse jeito. Pra isso, só a terapia mesmo que resgata de nossas profundezas as razões mais obscuras, porém as mais puras de quem somos de fato.
Aí, ver seu nome estampado fora de você, soa como um convite ao encontro, o maior encontro das nossas vidas, àquele com a gente mesma.
Prazer, sou Luciana, e você? Luciana