Será que quando se tem filhos…?
… A gente esquece amores antigos?
… A gente para de ter medo de infância?
… A gente para de pensar em si?
… A gente aprende a desatar nós?
… A preguiça fica no passado?
… Aprendemos matemática para poder ajudar nas tarefinhas da escola?
… Rola ficar deitada na cama até altas horas?
… Sabemos ensinar o que é certo?
… Conseguimos tirar os nossos defeitos de perto?
… É fácil esse dar esse amor incondicional?
… Bate o medo de não conseguir ser o que se espera, afinal?
… Os filhos nos transformam de fato?
… Daremos sempre toda a comida do nosso prato?
… Sempre que pensarmos neles, estaremos sorrindo?
… Cena mais linda será a de vê-los dormindo?
… Ainda nos damos a devaneios?
… Agimos por impulso, sem receios?
… Eles tiram a nossa liberdade?
… Ou será que nos ensinam que ser livre é ter alguém pra sentir saudade?
… Sorvete volta a ter sabor de infância?
… Jogar bola e brincar de boneca passa a ser superlegal?
… Viajar pra Disney, em vez de Paris
passará a ser seu destino principal?
… Será que os problemas mudam de dimensão?
… Será que a sua febre será nosso maior sofrimento?
E se filho sofrer de dor do amor?
Bota no colo, ou passa unguento?
… Tem hora que bate a vontade de ir embora?
… Existe a mãe que, sem rumo, senta e chora?
… Estaremos sempre dispostas,
mesmo que o filho nos vire as costas?
… Entendemos que eles são pessoas com vontades próprias?
Ou que são nossa propriedade, responsabilidade, não importa?
… Dá pra dizer que se arrependeu?
Ou, se isso ocorre, leva-se pro túmulo, porque o filho é teu?
… Dá pra tolerar um choro de birra?
… Paciência é algo que se exercita?
… É uma viagem sem volta, sei.
… Mas será que é mesmo a mais deliciosa?
E quando eles crescem?
Como é que se faz?
Os conselhos ainda servem?
Ou os tempos mudam demais?
… Filhos nos envelhecem?
Ou nos mantém sempre alertas?
… O nosso passado interessa para eles?
… Ou se pretendes contar, nem tenta?
… Existe alguma idade que a gente larga de mão?
… Entende que as escolhas e os problemas são deles e todo esforço é em vão?
… A culpa some? Ela tem prazo de validade?
… Nos percebemos como indivíduos, únicos, será que isso é verdade?
… Depois de ser mãe seremos sempre mais de um?
… Dois, três, tanto faz?
… E quando nos olham e nos chama de velha?
… Isso dói demais?
… É padecer no paraíso?
… É uma beira de precipício?
… É sonho, é coragem, é projeção?
… É amor que não cabe? Ou é amor em vão?
Não sei.
Feliz dia das mães!
Fiquem com essa canção linda, que minha mãe cantava pra me embalar antes de dormir.
Respostas de 2
P E R F E I T O !
B J S