Quem é o seu Deus?

Ele existe ou não? Ele é branco ou preto? Bonito ou feio? Rico ou pobre? Misericordioso ou cruel? Ele é gordo?
Seu Deus fala com você? Ele te escuta? Atende seus pedidos, ou te castiga? Fala pessoalmente, ou por metáforas? Por gestos? Ele te abençoa, te protege e te guarda? Escreve-se com letra maiúscula – Deus – ou minúscula mesmo?
Qual é o tamanho da sua fé?
Você crê em Deus?
Sou uma mulher de muito pouca fé. Nascida em uma família de ateus e agnósticos, que sempre vinha com uma teoria absoluta e bastante convincente para combater qualquer manifestação minha de fé.
Apesar da pouca crença, sigo à risca os preceitos de São Tomé, preciso “ver pra crer”. E nunca nada me apareceu de concreto dos céus, a não ser um OVNI quando eu era pequena.
Contudo, por acaso ou benção, sei lá, entraram em minha vida, em momentos distintos, duas pessoas que considero tutores. Confio tanto neles que tudo o que me aconselham, eu sigo. Foi num desses conselhos divinos que larguei o emprego e fui viver uma das minhas experiências mais maravilhosas e incríveis da vida: morar no Rio de Janeiro para fazer o mestrado. Fazendo um parêntesis no texto, no Rio eu realmente me sinto em paz, em casa, conectada comigo e com algo mágico… Deve ser Deus.
O interessante nessas duas pessoas/tutores, é que um é pastor e a outra é clarividente. Aí você me diga: como não crer no que as duas pessoas nas quais você confia cegamente têm como rotina na vida delas? Às vezes fico pensando que isso é Deus falando comigo… Vai saber!
Mas acho que aí está o grande lance, pelo menos o meu.
Tenho dificuldade de acreditar em Deus, mas eu creio nas pessoas e no milagre que elas operam em mim.
Gente é capaz de me derrubar com uma palavra, ou uma rejeição, por exemplo, mas também pode me resgatar das cinzas com um conselho e acalmar meu coração. Pessoas são capazes de me fazer esquecer, quase que por milagre, uma dor profunda que eu vinha sentindo, são capazes até de me fazer passar uma dor de cabeça, dor no corpo, preguiça. Minha família me devolve qualquer alegria perdida e meus amigos me dão uma sensação maravilhosa de conexão com a vida e com o mundo.
Nunca li a bíblia, acho-a super confusa e não consigo transformar aquelas palavras em ensinamentos para meu dia a dia. Contudo, tenho uma fé danada no bem e na sinceridade. Acredito demais no poder da atração, o que você semeia, volta. Ah! E digo “amém” para todo mundo que ora por mim e que me fala “vai com Deus”. Sinto tanta paz, verdade e cuidado nesta afirmação, que retribuo grata.
Hoje eu tive uma experiência dessas consideradas divinas. Após anos sem ver um grande amigo, nos encontramos e ouvi dele tudo o que eu precisava ouvir nesse momento, sem que eu tivesse dito uma só palavra do que estava sentindo.
Nessas horas eu fico assim meio cabreira, achando, sim, que algo maior do que eu possa compreender existe, e ainda fico em paz. Ufa!
Pode ser, então, que Deus tenha várias formas de aparecer para nós: pode ser num banho de mar que revigora, num jantar em família, num chopp com as amigas, no aconchego de um abraço, num sorriso de criança, num encontro, numa viagem, numa cura, nas pazes, no sucesso de um projeto, no amanhã, no hoje… Vai saber…
Só Deus sabe!

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3 respostas

  1. Fazemos nossa parte, e torcemos para receber coisas boas de volta. Se nos recusarmos a agir corretamente para com os outros, como poderemos ousar querer receber coisas boas de volta?
    Tento seguir minha vida mais ou menos por aí. Nem sempre consigo, sou muito falho, mas sigo tentando.

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