Não se meta nos sonhos dos outros!

Sobre os sonhos dos outros e ninguém ter nada a ver com isso.

P.S.: Comecei logo com essa foto que é pra dar um beijinho no ombro que quem quer se meter nos sonhos dos outros. Vamos à crônica:

Me digam uma coisa:
Por que é que algumas pessoas se acham no direito de dizer que os seus sonhos, ou seus projetos não vão dar certo? Não vai decolar, não vai funcionar, enfim, você não vai ganhar um real com isso? E pior, sem nem se ter perguntado.
Quando eu resolvi mudar de carreira, largar o marketing pra trabalhar com a escrita, TODO o meu núcleo familiar me apoiou. Ressalte-se que o meu “núcleo” familiar não é algo assim pequeno, como evoca a ideia de núcleo, na verdade é um núcleo expandido de umas 80 pessoas. Pois essa galera botou maior fé em mim, me deu a maior força.
Nos cursos que fiz, vi muitos colegas e professores falado que a família foi contra disse que aquilo não certo e blá, blá, blá e eu ficava impressionada como esse povo era cercado de gente ruim, negativa. Eu não havia me deparado com essa espécie.
Eis que surge a primeira. Arri égua, já é a segunda vez que essa criatura, que nem da minha família é, nem do núcleo dos amigos vem me dizer que meu projeto “não vai decolar”. Como assim? Baseado que? Estudou aonde e o que pra chegar a essa conclusão? Sabe o que do que eu tô fazendo para tocar o projeto pra frente?
O pior é que ela pode até estar certa, é claro que pode. É claro que esse é um medo que me assombra, é claro que tem dias de chegar a sentir frio na espinha pensando que tudo pode ter sido em vão. É claro que têm momentos de desânimo (muito poucos, duram uns cinco minutos), momento de desespero só de pensar no tanto que se precisa investir para que QUALQUER negócio dê certo.
Angustia também saber que não é uma matemática, que mesmo que você faça tudo certo pode ser que o resultado final dê “-1” e não passe na prova dos 9. Inquieta saber que a vida não é justa, que você pode plantar o bem, ajudar as pessoas, ser boa moça, batalhadora e, ainda assim, só se ferrar nessa estrada…
Tudo isso pode, tudo isso é parte dessa loteria que é estar vivo. Só que essa mensagenzinha de hoje vai ser bem auto-ajuda, apesar de eu ter minhas restrições sobre o gênero. Mas fato é que durante meu processo de mudança eu li, SIM, alguns livros de auto-ajuda que me ajudaram pacas a desencalhar da minha inércia. Posso até deixara dica, pois foram os da Martha Medeiros (li todos, mas comece pelo “A graça da coisa“) e o da Alana Trawsinsky – Recalculando a rota, que me deu uma guinada.

Eu sempre duvidei de mim, mas tem um negócio aqui dentro que se acha e me faz ter o maior orgulho da minha coragem, da minha força de vontade, da minha ganância por ser feliz nessa vida.

Largar marido, largar sua terra natal, largar pai, mãe e sobrinho e viver com saudade;  largar o doce de leite que eu comia todos os dias, trocar a coxinha pela salada e o brigadeiro pela paçoquinha sem açúcar pra deixar de ser a criança gordinha que eu fui são escolhas cobram seu preço, mas que te compensam e muito também.
Falei das minhas, mas cada um tem a sua, todos sabemos onde o calo aperta e cabe a gente também a optar por esse rompimento, que dói, ou se manter no mesmo lugar “cômodo”, mas que, para mim, sempre doeu mais.
Toda vez que uma pessoa vem botar a mim, ou a alguém, pra baixo eu viro Freud e começo a observar vida dela. É batata, meu povo: gente amarga, insatisfeita, sem coragem de mexer no que já passou da hora de ser mudado, sem gana, sem tesão.
Pois eu não. Posso estar redondamente enganada sobre a minha escolha, mas eu tô botando a maior fé nela. Eu nem sei direito ainda o mesmo eu tô escolhendo, mas eu tô botando a maior fé nela. Muito menos sei onde isso vai dar, a que rumos irá me levar, mas eu tô doidinha pra descobrir e por isso eu sigo.

 
Só posso dizer que o percurso tem sido bastante enriquecedor e divertido. Ora, não é esse o sentido da vida: crescer como ser humano e ser feliz? Pagar as contas também faz parte do pacote, claro, mas quando você consegue ganhar dinheiro com o seu “chamado” (agora virou auto-ajuda de vez. Eca!) o caminho fica bem mais prazeroso de ser trilhado.

Moral da história, se não for pra dar uma opinião positiva, só abra a sua boquinha quando for perguntado e procure não jogar areia nos sonhos de ninguém. Ao contrário, tire essa poeira toda do seu e vamos sonhar juntos. Vai ser lindo!

Ops! Pera aí. Tá chegando uma mensagem de uma amiga que não vejo há tempos. Olha, ela tá dizendo que adora as minhas crônicas e os meus vídeos. Que bom! Obrigada! Sim, vou continuar, SEMPRE. Olha, ela aida disse que o irmão dela está bem melhor daquela doença. É, coisa boa atrai coisa boa. Amém!