SULLY, (a inveja sobre) o herói do rio Hudson

Sully o o herói sobre o rio Hudson
Ontem, eu nem ia não, tava com uma preguiça danada de sair de casa, mas meus pais iam e eu que moro longe acho que não posso perder nem um segundo da companhia deles… Ansiosa, a moça.
Mas o fato é que fomos os três pro cinema. Adendo cinema em Fortaleza: Achar um filme bom que esteja passando nos cinemas de Fortaleza é, acima de tudo, um fator de sorte e outro de timing. Você tem que ficar ligada, se lançar, por sorte, o filme ao qual seus amigos, parentes e amantes que moram no eixo Rio-São Paulo te indicaram, corre e vai, pois, não sendo um filme de ação, terror e comédia romântica, é bem difícil de se ver por aqui.
Feita à crítica, vamos à crônica.
Fomo assistir “Sully, o herói do rio Hudson”, aquele mesmo, o cara que pousou uma jamanta voadora, vulgo avião, no Rio Hudson, no coração de Manhattan, logo, no coração do mundo, em New Yourk, New York.
Vá assistir! O filme é maravilhoso! Com direção do Clint Eastwood, com o protagonismo do Tom Hanks – que sempre tendo a achar que já deu pra ele, que o gajo só faz mais do mesmo, mas sempre me engano redondamente, ele está perfeito no papel principal – e grande elenco, o filme te arranca lágrimas, te prende na cadeira sem piscar pela hora e meia que se fica lá dentro.
TOM HANKS
Uma história real de um milagre feito não por Deus, mas pela competência, profissionalismo e, principalmente, serenidade e discernimento para tomar a única decisão correta, que salvou 155 pessoas de um trágico acidente aéreo, como todos são.
Mas a questão aqui não é nem o grande feito, isso foi indiscutível. O lance é que, mesmo depois da bem sucedida operação realizada pelo piloto, Sully, a American Airlaines insistiu, a todo custo, em provar que o comandante tomara a decisão errada, que deveria ter desviado para um dos aeroportos que havia perto e blá, blá, blá, e o desfecho disso seria spoiler, então melhor você ir lá conferir.
SULLY O HERÓI DO RIO HUDSON
O que me chamou a atenção, fazendo um paralelo com a vida da gente, é que, quantas e quantas vezes, por mais que você dê o seu melhor, por mais que tudo dê certo, por mais que você esteja no caminho do bem, sendo correto e coerente, muita gente ainda tenta te derrubar, te colocar pra baixo, apagar teu brilho, enfim, te destruir?
Certa vez ouvi uma conhecida falar de uma garota que é unanimamente linda, faz até sucesso como blogueira dessas aí que trabalham pra manter a beleza e o social. Pois bem, dizia essa minha conhecida, o seguinte: – Me disseram que ela só está com esse namorado por interesse financeiro. Dizem que ela é antipática… Cortei logo o assunto dizendo: – Sabe qual é o defeito dela, Celeste*? É que ela é magra, linda, trabalhadora, vive viajando, tem um namorado que é lindo, duas filhas também lindas. O problema também é que ela cuida do corpo, do cabelo, come saudável e malha muito. Isso é de lascar, é pra matar de ódio qualquer pessoa invejosa.
Muita gente tem a mania de ver no sucesso do outro o seu fracasso e faz de tudo pra derrubar a criatura que deu duro pra chegar lá.
Outro costume do ser humano é de “rotular” pessoas. Dia desses uma amiga (que pode ser uma prima. kkk) veio me dizer que TODO MUNDO me acha mesquinha. Na hora fiquei meio mal, mas logo refleti e disse: Olha, eu cuido do meu dinheiro sim, adoro ter a segurança que o dinheiro traz. Agora, você não sabe de nada sobre quem eu ajudo, quanto eu doo por mês, para quem que dou os presentes mais caros… Disso você não sabe e nem precisa saber, pois nada vai mudar já que você me “rotulou” assim.
Fico pensando de onde vem essa capacidade que temos de ser maus, de querer fragilizar o próximo, botando em cheque a sua capacidade, ou seu caráter, sua ética a troco de nada, só para denegrir, machucar e fazer com que o herói se torne um algoz.
Não sei se agimos assim por instinto, não sei se é fruto de um meio competitivo que o capitalismo promove, não sei se é por puro prazer – sadismo – que o ser humano age assim, só sei que esse comportamento provavelmente contribuiu para termos parado de evoluir internamente, como humanos e não apenas como seres.
Para mim, a experiência com o Sully ontem foi muito mais de reflexão sobre a pequinês de alma dos nossos conterrâneos, mas também foi de emoção quando a justiça, que também é dos homens, é soberana.
Temos chance! Mas apertem os cintos e se preparem para o impacto.
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2 respostas

  1. Olá! Muito boa crítica e crónica! Pessoalmente adorei o elenco deste filme. Os filmes de Tom Hanks geralmente são muito bons, e isso não foi exceção. O papel que realizo em a Sully, O Herói do Rio Hudson é uma das suas melhores atuações, a forma em que vão metendo os personagens e contando suas historias é única. É um dos melhores filmes de drama biográfico, tem uma boa história, atuações maravilhosas e bons efeitos especiais. Eu recomendo a todos.

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