Estou vivendo uma semana atípica. Feriado na terça, marido em casa em plena segunda-feira, pois a firma imprensou, viagem à trabalho na quarta e ficarei em São Paulo até sábado. Resumindo, estou completamente fora da minha rotina: horários distintos, atividades outras, pessoas diferentes em uma cidade não natal, apesar de já estar virando hábito vir pra Sampa (oba!).
Tem gente que não gosta, mas eu simplesmente amo ter que mudar a minha rotina. Adoro ser obrigada a mudar meu status quo, me sinto super viva.
Vivemos tão apegados ao nosso dia-a-dia, tão certos do que acontecerá na hora seguinte, que mudar o comum dá uma sensação de que a vida tem uma surpresinha pra você e que a gente pensa saber exatamente para onde está indo, mas, na realidade, existem um monte de outras vivências, outras histórias, outros desafios, outras alegrias, outros momentos, outros encontros esperando para serem contados e apresentados para nós.
Mudar a rotina nos deixa mais alertas, já que não conhecemos tão bem o que está por vir. Este estado de atenção foca o nosso pensamento no presente e somos capazes de observar paisagens, ouvir sons e sentir sabores que nem conhecíamos ou que nunca deixamos entrar em nosso já apertado e “organizado” cotidiano. E é no novo que a gente acaba se conhecendo mais, nos deparando com nossos limites, medos, alegrias extremas e mais um monte de sentimentos que ficam amornados enquanto caminhamos em círculos.
Sair da rotina é estar meio suspensa na vida, é como se o tempo te desse um pouco de trégua pra que você faça algo novo e isso não irá causar grandes mudanças, tudo vai ficar bem, é só um break, um aval seu para você mesmo.
Calma! Não precisa sair rompendo com tudo, caso contrário, viraria rotina o “não ter rotina”, mas sugiro que você possa se permitir uns leves devaneios de vez em quando. Um final de tarde na praia, um lanche no meio da semana com sua mãe, um cineminha com as amigas da faculdade em plena segunda-feira, uma viagem – ainda que a trabalho, como a minha -, um encontro com pessoas queridas e sumidas… Enfim, que você se permita liberar-se de sua agenda diária pra escrever numa página em branco, ainda que breve, mas cheia de novas emoções e sensações.
Liberte-se!
No meio do caminho tinha uma enxaqueca
Acorda, malha, volta, se arruma, pede um café com leite e ovos mexidos, liga a máquina, digita mil coisas, despacha vários e-mails…
Uma resposta
Eu já tenho muitas dificuldades com mudanças, não costumo ser fã delas, a não ser quando planejadas por mim (egoísta, não?) – mas as pequenas coisas que você mencionou no último parágrafo eu já curto muito e agarro todas as oportunidades que aparecem.