Em meio a toda essa confusão política na qual estamos vivendo, ando vendo um monte de gente com ódio de lá, agressões de cá, e um Fla-Flu sem fim.
Eu, como sou neutra nesse jogo, isto é, nem ODEIO o PT, tampouco apoio suas últimas iniciativas, venho aqui falar a minha humilde opinião sobre o que para mim é fato. Lá vai:
– Quem defende o PT não está, necessariamente, defendendo um sistema político comunista. O que todos os apoiadores do partido dos trabalhadores defendem são os projetos de inclusão social criados e/ou ampliados, pelo partido.
– Os projetos sociais criados por este ou aquele partido não pertence ao partido, mas à sociedade (colei essa frase da Marina Silva). Portanto, não venham com essa: “O bolsa família só existe por causa do FHC”, ou ainda, “O próximo governo vai deixar o pobre sem assistência”. Isso é argumento para quem não tem argumento.
– Quem, no domingo dia 17, torceu a favor da abertura do processo de impeachment não necessariamente se sentiu representado pelos deputados que lá na câmara votaram pró impeachment. Aliás, é senso comum que o que foi visto naquela tarde que varou a noite foi um circo de horrores, só que os palhaços somos nós mesmos.
– Quem quer a queda da Dilma não quer obrigatoriamente a eleição do Aécio. Aliás, cadê o Aécio?
– O congresso, ao votar pela admissibilidade do processo de impeachment, não visa, de forma alguma, o bem do país. É bom que fique bem claro que os partidos que estamos vendo “jogar” o “jogo” político estão apenas buscando garantir a sua poltrona no poder. O PT também só está preocupado com o poder.
– Quem é a favor do Brasil é o Sergio Moro, esteja você contra ou a favor dele. Ele está passando o Brasil a limpo, inclusive prendendo quem você achava ser idôneo.
– Se os juízes divergem sobre o conceito de crime de responsabilidade, há que se ouvir os dois lados. É bem importante para a democracia que a saída da Dilma não seja através de um golpe.
– Ter o Cunha presidindo a câmara dos deputados e comandando a abertura do processo de impeachment, só demonstra o quanto ainda precisamos evoluir em nossos métodos de punição de bandidos.
– Ame ou odeie o PT, todos odeiam Eduardo Cunha.
– Se o Temer vier a ser o nosso presidente, deve-se lembrar sempre de que ele foi eleito por quem votou na Dilma, e não por quem não votou, ok? Agora eu engrosso o coro: A culpa não é minha!
– As manifestações de rua pró PT são muito mais animadas do que as que são contra o partido, já que no Rio de Janeiro tem-se o Chico Buarque e, em Fortaleza, o Luxo da Aldeia.
– O Sérgio Moro é um gato e o fotógrafo oficial do PT também :).
– Os defensores do PT não são somente os pobres, mas também empresários, artistas, intelectuais e cidadãos comuns que se compadecem deles.
– E não, o Bolsa Família não é esmola! Esmola são os trocados que você dá através do vidro do seu carro morrendo de medo e de nojo da mão suja do mendigo.
– As atitudes homofóbicas, racistas e dantescas do Bolsonaro não representam a oposição.
– É ridícula a coreografia que se dança em Fortaleza com a musiquinha “…fora Dilma, fora Lula, fora PT”. Nós não estamos em uma micareta, mas numa manifestação política, combinado?
– O Eduardo Cunha é mais esperto do que o congresso todinho junto e mais toda a população brasileira, incluindo a mim e a você. Isso é assustador!
– Antes de sair gritando “Fora Dilma! Sua vaca, vagabunda, etc” é bom coletar um pouquinho mais de informação sobre o processo de impeachment. Vagabunda ela não é e, ainda que fosse, não está prescrito em lei que isso leve ao impedimento de sua gestão como presidenta. Quanto à vaca, vou nem comentar.
– Assistindo apenas o Jornal Nacional, não te qualifica para opinar sobre o processo complexo e delicado no qual o país está imerso.
– A camisa que compramos para a copa do mundo, e quase não deu tempo de usá-la, já deve estar é gasta de tanto uso que teve depois da copa, né? Isso se chama sustentabilidade!
– Somente agora, que já escrevi a palavra impeachment umas dez vezes aqui, foi que eu aprendi como é mesmo que se escreve.
– E só pra encerrar com a ironia do impagável José Simão, todo esse processo está exigindo demais da nossa língua. Primeiro tivemos que aprender a escrever a palavra Odebrecht, depois condução coercitiva (que é com C e não com S) e, depois Impeachment. Tá puxado!
Sem mais por hoje :).
Se quiser, vou adorar que você deixe aqui nos comentários alguns fatos dos quais me esqueci de falar.
Bjs
ainda estou aqui
Ainda estamos aqui
… Lembro-me de que quando li o livro, tive a sensação de estar lendo algo sobre meu passado, sobre uma história muito difícil, sofrida, mas passada…