Sobre perguntas sem respostas

sobre o que eu não sei

– Tia Lu, a noite passa rápido?

– Qual o tamanho do suficiente?

– Qual a menor distância segura?

– Quais os limite do bom senso?

– Qual o tamanho do ponto de vista?

– Qual a versão correta?

– Quantos fatos são necessários pra formar um verdade?

– Existe uma única verdade?

– Quanto você aguenta?

– Com quantas palavras se faz um diálogo?

– Quão elástico é possível “ser relativo”?

– Quão assustador é seu medo?

– Quão suportável é o insuportável?

– Qual a medida da dor intolerável?

– Por quanto tempo se aguenta uma dúvida?

– Qual o nível da tolerância tolerável?

– Quantos decibéis tem o silêncio?

– Qual o peso de uma saudade suportável?

– Qual o tamanho da distância se pode percorrer a pé?

– Quantas doses de felicidade é preciso para ser feliz?

– Qual a medida do amor?

– Qual a definição da paixão?

– Quão longo é o tempo a todo tempo?

– Tia Lu, a noite passa rápido?

Não sei, Nelsinho, depende e na palavra “depende” cabe toda a angústia e o amor desse mundo. Também não sei o tamanho exato do mundo, mas deve ser maior do que ele o tamanho do meu amor por você. Se a gente dormir – você com seu soninho de pedra, eu com o meu sono de pluma, mas que aproveita pra ficar vendo sua carinha linda de vez em quando na madrugada, se a gente dormir agora, talvez a noite passe voando pra você e demore um século pra mim. O poeta já dizia que o nosso tempo é quando… Segura a minha mão?

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